MRV (MRVE3) corre contra o tempo para vender subsidiária nos EUA; entenda o caso

Durante o primeiro trimestre, a Resia experimentou dificuldades, resultando na queima de R$ 268,7 milhões em caixa.

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Publicado em 17/05/2024 às 10:04h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 17/05/2024 às 10:04h Atualizado 1 mês atrás por Matheus Rodrigues
Apesar dos desafios, as perspectivas para a Resia ainda são promissoras. (Imagem: Shutterstock.)
Apesar dos desafios, as perspectivas para a Resia ainda são promissoras. (Imagem: Shutterstock.)

📈 No cenário competitivo do mercado imobiliário internacional, a MRV&Co (MRVE3) enfrenta um momento de reflexão estratégica sobre a operação de sua subsidiária nos Estados Unidos, a Resia.

Durante o primeiro trimestre, a Resia experimentou dificuldades significativas, resultando na queima de R$ 268,7 milhões em caixa e impactando diretamente o desempenho financeiro do grupo MRV&Co, conhecido por suas operações robustas de incorporação no Brasil.

A situação desafiadora da Resia reflete uma dinâmica complexa do mercado imobiliário americano, marcada por altas taxas de juros que têm freado novas construções, conforme observado peloCFO da MRV&Co, Ricardo Paixão, em entrevista ao IM Business.

Essa condição tem obrigado a Resia a reter o avanço das obras para não influenciar negativamente a alavancagem consolidada da companhia.

Diante disso, a MRV&Co já sinaliza a possibilidade de separar suas operações brasileiras das americanas para otimizar a gestão e potencializar a valorização de ambas as frentes.

Apesar dos desafios, as perspectivas para a Resia ainda são promissoras.

A empresa, que foi formada a partir da aquisição da AHS Residential em 2020, concentra suas atividades em estados americanos como Flórida, Texas e Georgia — regiões de intenso crescimento populacional.

Além disso, a capacidade produtiva e as baixas taxas de vacância e inadimplência nos imóveis alugados são indicativos de um modelo de negócio sólido.

📊 A Resia registrou um aumento de 71% na ocupação de suas unidades em comparação ao ano anterior, um sinal de resiliência e potencial de recuperação.

O CFO da MRV&Co mantém uma visão otimista, antecipando uma eventual queda nas taxas de juros que poderia revitalizar as operações da Resia e levar a uma melhoria significativa em seu desempenho.

Enquanto isso, a operação brasileira da MRV&Co mostra sinais de robustez, com aumento de 13,7% no tíquete médio e expansão da margem bruta para 25,9% no primeiro trimestre, comparado ao ano anterior.

A queima de caixa na operação brasileira diminuiu consideravelmente, beneficiada por uma inflação mais controlada e aumento nas vendas a preços mais altos.

A MRV&Co segue comprometida com uma postura conservadora em suas operações, com planos de construir 40 mil unidades por ano dentro do programa Minha Casa, Minha Vida, ajustando sua presença geográfica e focando em cidades com maior capacidade de absorção do mercado.

Além disso, a empresa está otimizando seu portfólio de terrenos, reduzindo o capital alocado através de permutas financeiras, com expectativas de diminuir de forma significativa o capital investido em terrenos nos próximos anos.

Esse cenário reflete não apenas os desafios enfrentados pela MRV&Co e sua subsidiária Resia no mercado americano, mas também evidencia uma estratégia adaptativa que busca maximizar o retorno enquanto se ajusta às dinâmicas econômicas globais e locais.

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