Israel vs Hezbollah: 3 pontos para entender o novo conflito no Oriente Médio
Equipamentos usados pelo grupo armado explodiram no Líbano
⚔ Na terça-feira (17), pagers usados pelo grupo Hezbollah explodiram em diversas cidades do Líbano, um país do Oriente Médio. A ação foi orquestrada de forma simultânea e resultou em milhares de feridos e na morte de ao menos 12 pessoas, segundo dados oficiais.
Chama a atenção que os dispositivos usados na explosão são para a comunicação do grupo e foram adquiridos há menos de seis meses. Ainda não há informações sobre a autoria dos ataques, mas o fato é que os foram bastante orquestrados, tendo fontes de segurança dos Estados Unidos apontado que teria sido originado por Israel.
No meio deste turbilhão de informações, muita gente fica com dúvidas sobre tudo o que acontece na região. Veja a seguir três pontos que respondem sobre mais esse ataque registrado no Oriente Médio.
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1. Quem é o Hezbollah?
Embora não seja considerado um grupo terrorista por diversos países, o Hezbollah é um grupo armado bastante influente dentro do Líbano. A organização foi criada em meados de 1980 com uma visão muçulmana xiita já com o objetivo de fazer pressão contra Israel, que ocupava uma região do país.
Neste meio tempo, o grupo também entrou na política, tendo se estabelecido como um partido e disputado eleições. O ponto alto da história do Hezbollah foi em 2006, quando entrou oficialmente em guerra contra Israel, realizando diversos ataques na fronteira do país vizinho.
Atualmente, o líder do grupo é o Sheik Hassan Nasrallah, que mantém muito contato com o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, de onde vem parte do financiamento militar. Os combatentes do Hezbollah somam mais de 100 mil pessoas, tendo um dos maiores armamentos não-oficiais do mundo.
2. Por que explosões com pagers?
Embora seja um dispositivo já em desuso no Brasil, os pagers -ou bipes para muita gente- são considerados equipamentos de baixa tecnologia que não oferecem rastreio. Desta forma, grupos armados usam esses dispositivos para evitar que os rivais ouçam suas comunicações ou até efetuem ataques hackers, que seriam mais fáceis em um smartphone, por exemplo.
O caso é que os pagers adquiridos pelo Hezbollah foram adquiridos de uma empresa nova, conforme detalhou um membro do grupo à agência de notícias AP. Muitos analistas internacionais apostam que, agora, o grupo vai conduzir uma investigação interna para tentar ligar as explosões com a empresa onde os aparelhos foram adquiridos e, potencialmente, com pessoas que teriam sido usadas para o negócio.
3. O que o ataque representa para os conflitos no Oriente Médio
Já faz mais de um ano que o mundo acompanha a guerra entre Israel e Hamas, mas os conflitos no Oriente Médio vão além disso, como é o caso da guerra da Síria. No caso do Hezbollah, o grupo tem atuado como força de apoio do Hamas, fazendo operações na faixa de Gaza contra Israel.
Um porta-voz da ONU (Organização das Nações Unidas) afirmou nesta terça que os últimos acontecimentos na região são preocupantes pois “estão correndo em um contexto extremamente volátil”. A expectativa é que o grupo faça alguma tentativa de retaliação contra Israel, o que pode se tornar no “momento mais perigoso” do conflito, segundo fontes ouvidas pela BBC.
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