Chuvas no Rio Grande do Sul afetam seguradoras da B3, veja dados

Taxa de sinistralidade disparou em maio e afetou especialmente a Caixa Seguridade (CXSE3).

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Publicado em 10/07/2024 às 18:11h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 10/07/2024 às 18:11h Atualizado 1 mês atrás por Marina Barbosa
Com chuvas, seguradoras gastaram mais para cobrir sinistros (Shutterstock)
Com chuvas, seguradoras gastaram mais para cobrir sinistros (Shutterstock)

As chuvas que devastaram o Rio Grande do Sul em maio começam a pesar sob os indicadores das empresas listadas na B3. É que companhias do setor de seguros reportaram um aumento expressivo da sinistralidade em maio, sobretudo a Caixa Seguridade (CXSE3), que registrou uma taxa superior à média nacional.

💲 A taxa de sinistralidade mede a relação entre os custos e as receitas das seguradoras. O aumento da taxa significa, portanto, que a empresa está gastando mais e, consequentemente, ficando com menos receitas livres ao final do período. E foi isso que aconteceu com as seguradoras brasileiras após as chuvas do Rio Grande do Sul.

Segundo a Susep (Superintendência de Seguros Privados), a sinistralidade nos seguros de danos saltou de 42,1% em abril para 66,1% em maio. É que os gastos com a cobertura de sinistros disparou 192,5% no Rio Grande do Sul, passando de R$ 580 milhões em abril para R$ 1,69 bilhão em maio. Com isso, o estado respondeu por 22% de todos os sinistros registrados no mês no país -um total de R$ 7,56 bilhões, de acordo com a Susep.

📈Uma das seguradoras listadas na B3, no entanto, registrou uma sinistralidade ainda maior: a Caixa Seguridade. A taxa de sinistralidade da companhia disparou de 25,1% em abril para 99,1% em maio, o maior percentual em mais de dois anos.

Já a Porto (PSSA3) reportou uma taxa de sinistralidade de 63% em maio, ante 58,6%. E a BB Seguridade (BBSE3) registrou um índice de 42,4%, ante 37,7%, segundo a Genial Investimentos.

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A Caixa Seguridade explicou que o avanço do indicador reflete as chuvas no Rio Grande do Sul, que pressionou os sinistros dos segmentos de seguro habitacional e residencial, mas também o aumento dos provisionamentos relativos ao seguro prestamista.

Em comunicado, a seguradora disse na última segunda-feira (8) que recebeu da Caixa Econômica Federal uma lista de pessoas falecidas que eram clientes dos seus seguros, mas foram alvos de sinistros. Por isso, a companhia fez um provisionamento de R$ 342,2 milhões entre maio e junho. A operação pressionou o índice de sinistralidade e também terá um impacto negativo no resultado de equivalência patrimonial da Caixa Seguridade no segundo trimestre.

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